Por Gajo de Alfama
Mestre João Pequeno, foto em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRZYO9MccVDDxdExC4xIz5me7vFTal05esXNMTo63vcCItudZhvnmukT5kJxq_MsnA1cXyIWZ9s067X8hcPyCAjCxN5hfrZ56eVCSsBxrRQ3Id0OmZ_vD04h85Yjit4MJIELXSYurUZXgA/s1600/Joao_pequeno.jpg
Berimba trançada de aço
é som de resistência à lua minguante no paço,
mesmo cortando o pneu com faca cega.
Segura a verga firme, coloca-a entre os olhos.
“Viva as Pedrinhas camarada!”
Negativa para o mal desse mundo,
e rabo de arraia na cara!
Música cantarolada, equilibra o berimbau,
“capoeira balança, mas não cai”.
A cabaça é o ouvido e a boca.
O som do povo, do Bahia, do Vitória, do Sport, do Santinha, do Ceará e do genérico de Feira.
Caxixi, olha a cobra cascavel.
Som de ralar coco, gosto de moqueca de camarão.
Como uma briga de amor,
a baqueta quase beija o dobrão.
Canto que disseca a alma.
Esse toque chama-se São Bento Pequeno.
O jogo é Angola
e quem ensina é o mestre João.
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