quinta-feira, 19 de maio de 2011

São Bento Pequeno

Por Gajo de Alfama
Mestre João Pequeno, foto em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRZYO9MccVDDxdExC4xIz5me7vFTal05esXNMTo63vcCItudZhvnmukT5kJxq_MsnA1cXyIWZ9s067X8hcPyCAjCxN5hfrZ56eVCSsBxrRQ3Id0OmZ_vD04h85Yjit4MJIELXSYurUZXgA/s1600/Joao_pequeno.jpg

Berimba trançada de aço

é som de resistência à lua minguante no paço,

mesmo cortando o pneu com faca cega. 

Segura a verga firme, coloca-a entre os olhos. 

“Viva as Pedrinhas camarada!” 

Negativa para o mal desse mundo, 

e rabo de arraia na cara! 

Música cantarolada, equilibra o berimbau, 

“capoeira balança, mas não cai”. 

A cabaça é o ouvido e a boca. 

O som do povo, do Bahia, do Vitória, do Sport, do Santinha, do Ceará e do genérico de Feira.

Caxixi, olha a cobra cascavel. 

Som de ralar coco, gosto de moqueca de camarão.

Como uma briga de amor,

a baqueta quase beija o dobrão. 

Canto que disseca a alma. 

Esse toque chama-se São Bento Pequeno. 

O jogo é Angola

e quem ensina é o mestre João.


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